Published on outubro 30, 2023, 2:15 pm
A inteligência artificial generativa, conhecida como GenAI, está revolucionando o campo da segurança cibernética. Essa tecnologia engloba sistemas capazes de compreender, aprender e implementar conhecimento de maneira similar a um ser humano. A GenAI pode ser uma aliada valiosa na proteção de ambientes de TI, mas também abre espaço para novos vetores de ataque. Diante dos riscos para a segurança da informação, é fundamental que as organizações saibam como aproveitar o potencial da GenAI com responsabilidade.
Uma pesquisa realizada pela Dell Technologies revelou que 39% dos tomadores de decisão em empresas nos Estados Unidos têm alguma hesitação quanto à adoção da GenAI, sendo a segurança citada como uma das principais preocupações. Assim como ocorre com qualquer tecnologia emergente, é preciso gerenciar os riscos e garantir que essas novas ferramentas estejam alinhadas aos nossos valores como seres humanos. Porém, a GenAI também oferece inúmeras possibilidades para ajudar a proteger nossos ambientes.
À medida que as capacidades da GenAI se expandem, a segurança se torna uma questão prioritária. Os hackers podem explorar a velocidade e automação dessa tecnologia para descobrir vulnerabilidades mais rapidamente e desenvolver malware em tempo real. Por isso, é essencial implementar medidas adequadas para evitar ataques e reduzir as oportunidades de fraudes e novas superfícies de ataque proporcionadas pelos chamados deepfakes.
A proteção da GenAI começa com uma infraestrutura baseada na confiança desde o nível do dispositivo até os dados e o usuário final. É fundamental contar com robustos controles de acesso para evitar acessos prejudiciais e possíveis abusos do sistema. Além disso, é necessário implementar recursos como classificação de dados, criptografia e armazenamento e transmissão segura das informações. O fator humano também desempenha um papel crítico, sendo importante realizar auditorias regulares, identificar comportamentos anormais do sistema e adotar técnicas que mitiguem preconceitos e considerem orientações éticas.
Apesar dos riscos envolvidos, a GenAI promete se tornar uma valiosa aliada na segurança cibernética. Ao analisar grandes volumes de dados de segurança, a GenAI pode detectar anomalias no tráfego de rede ou conteúdos suspeitos de e-mails. Com base em incidentes passados e informações sobre ameaças, ela consegue prever ameaças futuras e identificar vulnerabilidades.
A automação proporcionada pela GenAI pode transformar a forma como abordamos a segurança cibernética, especialmente nas áreas de prevenção e detecção de ataques. Com a automação da detecção de ameaças, o tempo para descobrir tentativas de ataque é reduzido, minimizando danos potenciais. Além disso, automatizar tarefas rotineiras permite que as equipes de segurança foquem em atividades mais estratégicas. Dessa forma, os profissionais têm acesso rápido aos insights necessários para uma ação efetiva.
Embora não seja algo óbvio à primeira vista, a GenAI também pode ser utilizada para treinamentos educacionais em segurança cibernética. Personalizando módulos com base nas funções dos usuários e nas ameaças comuns que enfrentam, é possível diminuir o erro humano, fator chave em muitos incidentes de segurança.
A relação entre GenAI e segurança cibernética traz desafios, mas também grandes benefícios. É essencial que avancemos no progresso humano, utilizando os benefícios dessa tecnologia e abordando de forma proativa e vigilante os riscos envolvidos. Recomenda-se a adoção de medidas robustas de segurança, monitoramento contínuo e uma abordagem flexível para lidar com privacidade e ética dos dados. À medida que nos aprofundamos na era da GenAI, a relação entre inteligência artificial e segurança cibernética continuará evoluindo de forma simbiótica.
Luis Gonçalves, presidente da Dell Technologies na América Latina, destaca a importância de gerenciar os riscos da GenAI enquanto exploramos suas possibilidades. Vale lembrar que os artigos assinados são