A influência da inteligência artificial na campanha eleitoral argentina e a necessidade de regulamentação para evitar abusos

Maurício "o Estagiario"

Maurício "o Estagiario"

Textos otimizado com nossa IA

Published on novembro 15, 2023, 5:43 am

A campanha eleitoral na Argentina está usando inteligência artificial de forma inovadora, principalmente na produção de vídeos que se tornaram virais nas redes sociais, como Instagram, TikTok e YouTube. Fontes da campanha do candidato peronista Sergio Massa admitiram que as ferramentas de IA são essenciais para a equipe de estrategistas que assessoram o candidato.

Por outro lado, fontes da campanha do candidato da direita radical Javier Milei negaram o uso de IA, mas admitiram que sistemas populares atualmente são usados por apoiadores do líder do partido A Liberdade Avança.

Os vídeos publicados pelos dois candidatos visam aumentar a imagem negativa um do outro. A campanha de Massa utiliza falas polêmicas de Milei sobre livre porte de armas, venda de órgãos e momentos em que o candidato perdeu a compostura. Já a equipe de campanha de Milei cria vídeos manipulados, chamados deepfakes, onde Massa aparece cheirando cocaína.

O uso cada vez mais realista dos deepfakes tem causado preocupação sobre sua influência na opinião pública e sua capacidade de afetar drasticamente a credibilidade das instituições. Especialistas argumentam que é necessária uma regulamentação sobre o uso da IA para evitar abusos e danos à democracia.

Na Argentina, assim como em muitos países da América Latina, não há restrições específicas para o uso da IA. Alguns países já têm leis ou iniciativas para regular os deepfakes. Na China, por exemplo, existe uma legislação que exige a rotulagem clara de todo conteúdo gerado artificialmente. Nos Estados Unidos, Califórnia e Texas aprovaram leis proibindo o uso de deepfakes em contexto eleitoral.

No Brasil, um projeto de lei propõe a tipificação do crime de divulgação de deepfakes durante o período eleitoral. O objetivo é evitar a indução ao erro do eleitorado, difamação de candidatos ou influência fraudulenta nos resultados das eleições.

O uso da inteligência artificial na campanha eleitoral argentina representa uma nova fronteira no campo do marketing político. Por um lado, as estratégias inovadoras podem aproximar os candidatos dos eleitores e transmitir mensagens de maneira mais eficaz. Por outro lado, é fundamental estabelecer regulamentações adequadas para garantir a transparência e evitar abusos que comprometam a integridade das eleições democráticas.

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