Published on outubro 31, 2023, 11:15 am
As mulheres enfrentam há anos desafios importantes no mundo dos negócios, como a discriminação de gênero, dificuldade de acesso a crédito, desigualdade salarial e a difícil conciliação entre vida profissional e pessoal. Infelizmente, não progresso suficiente foi feito para promover mudanças reais e incentivar a participação das mulheres nas discussões sobre empreendedorismo. No entanto, com a recente promulgação da Lei 14.667 pelo Governo Federal, que instituiu a Semana Nacional do Empreendedorismo Feminino, podemos vislumbrar um avanço nessa questão.
Essa iniciativa traz consigo uma série de benefícios sociais e econômicos para as mulheres empreendedoras, impactando também a economia brasileira como um todo. No entanto, é importante que essa semana não se limite apenas a mais uma data no calendário, mas sim seja capaz de gerar transformações reais. Devemos ir além da conscientização dos desafios enfrentados pelas empreendedoras e partir para ações concretas que ajudem a pavimentar esse caminho repleto de obstáculos.
A nova lei pode representar um progresso significativo não apenas para as mulheres, mas também para toda sociedade brasileira ao promover uma maior justiça e equidade. Além disso, o estímulo à inovação por meio da diversidade de liderança também é um ponto importante. Com mais mulheres empreendedoras atuando no mercado, novas ideias e soluções podem surgir, tornando nossa economia mais dinâmica e competitiva globalmente.
Para isso acontecer de fato é necessário incentivarmos a educação empreendedora e oferecer suporte para que as empreendedoras brasileiras possam desenvolver seus negócios de forma sustentável. A falta de apoio e recursos adequados é muitas vezes o motivo pelo qual tantos negócios liderados por mulheres acabam fracassando precocemente. É fundamental que a nova legislação promova o empoderamento econômico das mulheres e crie igualdade de oportunidades.
Outro ponto crucial é a criação de redes entre empreendedoras, onde conhecimento, recursos e colaborações possam ser compartilhados, fortalecendo ainda mais as iniciativas femininas. Atualmente, apenas um terço das pequenas empresas do Brasil são lideradas por mulheres, mesmo elas representando cerca de 52% da população brasileira. Portanto, ampliar essa participação também traz benefícios para os negócios e para a economia como um todo.
Com uma presença maior das mulheres na liderança empresarial, as perspectivas das empresas se tornam mais diversas e isso pode impulsionar ainda mais a inovação nos negócios. Além disso, o impacto dessa lei também se estende para as economias locais, uma vez que mais empreendedoras bem-sucedidas significam mais empregos e oportunidades nas comunidades onde atuam.
É essencial lembrar as palavras da ativista Malala Yousafzai: “Quando uma mulher se fortalece, ela fortalece a sociedade como um todo.” A nova lei é um passo importante nessa direção ao promover igualdade e progresso no Brasil. Estamos vivendo um momento emocionante para o empreendedorismo feminino e para o país como um todo. É hora de avançarmos juntos!
*Paula Esteves é CEO e fundadora da WorkLover, plataforma de educação empreendedora voltada para micro e pequenos empreendedores.
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