A Meta, empresa mãe do Facebook e Instagram, anunciou que em breve exigirá que os anunciantes declarem se utilizaram Inteligência Artificial (IA) ou outro software para criar ou alterar imagens ou áudios em propaganda política. Essa nova exigência valerá globalmente a partir do início do próximo ano.
Segundo Nick Clegg, presidente de assuntos globais da Meta, os anunciantes que promovem questões sociais, eleições e política na plataforma terão que indicar se a imagem ou o som foram criados ou alterados digitalmente, incluindo o uso de IA para fazer com que pessoas reais digam coisas que não disseram. Além disso, os anunciantes também terão que revelar quando usam IA para criar pessoas ou eventos fictícios realistas.
Para garantir maior transparência, a Meta contará com parceiros de verificação, como a AFP, que poderão rotular conteúdos como “alterados” caso sejam considerados enganosos.
A preocupação em relação ao potencial de fraude durante as eleições é um dos motivos que impulsionou essa nova medida. Outra gigante da tecnologia tomando medidas semelhantes é a Microsoft, que planeja lançar ferramentas em 2024 para permitir aos candidatos incluir “credenciais” em imagens e vídeos produzidos por eles. Além disso, a empresa também criará uma equipe dedicada a ajudar as campanhas a combater ameaças baseadas em IA.
Com essas iniciativas, busca-se aumentar a transparência nas propagandas políticas e combater o uso indevido de tecnologias como IA na disseminação de desinformação. É um passo importante para garantir a integridade do processo democrático e proteger os usuários das redes sociais.
