Published on maio 14, 2024, 1:14 pm
Nesta quarta-feira (28), a Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) de São Paulo apresentou uma nova marca para o setor agropecuário do estado. O objetivo é implementar o Plano Estadual de Bem-Estar Animal, que traz um novo modelo de identificação da vacinação contra a brucelose, com foco na redução ou eliminação da marca a fogo nos animais.
Essa iniciativa é muito importante, pois promove tanto o bem-estar dos animais quanto benefícios para os produtores rurais. O uso da marca a fogo no manejo dos animais tem sido cada vez mais questionado por especialistas, já que pode causar desconforto e estresse nos animais. Além disso, há evidências de que essa prática afeta negativamente a qualidade dos produtos provenientes dessa criação.
A vacinação contra a brucelose é obrigatória para as fêmeas entre 3 e 8 meses de idade, sendo realizada apenas uma vez. Agora, a Secretaria introduziu um novo modelo de identificação dessa vacinação, incentivando os pecuaristas a abandonarem a prática da marca a fogo. No entanto, é importante ressaltar que essa alternativa não é obrigatória e serve como uma opção para aqueles que desejam melhorar o manejo dos animais.
Ao adotar medidas que priorizam o bem-estar animal, como essa nova forma de identificação da vacinação, São Paulo se destaca e demonstra preocupação com boas práticas agropecuárias. Além disso, essas iniciativas contribuem para fortalecer a imagem positiva do setor pecuário paulista, abrindo portas para novos mercados internacionais.
As resoluções assinadas pelo secretário Guilherme Piai também estabelecem o Plano Estadual de Bem-Estar Animal e recomendam procedimentos básicos para eventos de concentração animal. Essas diretrizes visam melhorar o controle e a erradicação da brucelose e tuberculose animal no estado de São Paulo.
Carmen Perez, pecuarista homenageada durante o evento, destacou os benefícios sustentáveis e produtivos dessa inovação. Ela ressalta que essa escolha é extremamente importante e parabeniza todos os envolvidos no projeto. Já existem pesquisas em todo o mundo demonstrando os prejuízos causados pela marcação dos animais, realizada em uma região sensível do corpo. Carmen acredita que essa mudança será fundamental para transformar toda a cadeia produtiva.
O professor Mateus Paranhos, especialista em Bem-Estar Animal da Universidade Estadual Paulista (Unesp), também foi homenageado no evento. Ele pontuou que essa iniciativa representa uma mudança de paradigma para a marca a fogo e destaca a importância dessa medida para proteger a cadeia produtiva.
Com essa alternativa à marca a fogo, São Paulo lidera um importante processo de inovação no setor agropecuário brasileiro. É fundamental que outros estados sigam esse exemplo, garantindo o bem-estar animal, melhorando as práticas agropecuárias e fortalecendo a qualidade dos produtos provenientes desse setor.
Fonte: Forbes Brasil